Em tempos de crescimento da utilização de cartões de crédito, tornou-se comum conhecer alguém que teve o cartão clonado.
Ao se deparar com uma situação desse tipo, a pessoa
deve:
1) Ligar e informar à administradora do cartão (Visa,
Mastercad etc) que não realizou as compras, pedindo o ressarcimento dessas
aquisições. Atenção: lembre sempre
de anotar os números de protocolos;
2) Registrar um Boletim de Ocorrência, o que pode ser
feito de forma online no Espírito
Santo, através do site a seguir: http://delegaciaonline.sesp.es.gov.br/BEO101.aspx.
O que pouca gente sabe é que não deve arcar com as
compras realizadas por terceiros, as quais serão de responsabilidade do banco e
da empresa administradora do cartão de crédito. Às vezes, até mesmo o
estabelecimento que não exigir documento de identidade no momento da compra com
essa forma de pagamento poderá ser responsabilizado.
A responsabilidade entre as empresas acima mencionadas
é classificada pelo Código de Defesa do Consumidor como objetiva e solidária.
Objetiva porque o consumidor não irá precisar provar que houve intenção do fornecedor
do serviço (banco/administradora/estabelecimento) para que o ato se
concretizasse, ou seja, independe de culpa. E solidária porque os três poderão
responder pela totalidade da devolução de valores devida ao consumidor.
Isso acontece porque é dever das empresas agir com o
máximo de cuidado e segurança, com o objetivo de evitar situações como essa, já
que por receber o lucro, também deverá assumir os problemas que surjam por
conta do negócio.
Por essas razões, o consumidor na maioria das vezes sequer
precisará provar que não foi responsável pelas compras contestadas e quem deverá
investigar essa informação são as empresas acima.
Além disso, elas poderão ser condenadas no caso de a
cobrança indevida gerar inscrição no SPC/Serasa; haver atraso excessivo para o
banco realizar a devolução pedida ou não restituir os valores cobrados como
multas e outros encargos em razão dos descontos realizados de maneira errada.
Atenção: importante destacar que embora algumas empresas
ofereçam seguros para esse tipo de situação, a contratação desse serviço é de
livre escolha do consumidor e o fato de não tê-lo contratado não impede a
indenização.
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